quinta-feira, 24 de junho de 2010

Nenhum João é poeta.

Outrora.

O compasso dos ponteiros não existe.
Inventa e esconde. Esquece a hora
E nos tics do caminho do tempo, iniste
Em se fazer de mil minutos depois de agora
E se uma volta já nao basta, persiste
Muitos de nós hão de ir sem demora
E o ponteiro cansado desiste...
Pausa. Estamos do lado de fora
O tempo guarda em si um quê de triste
Mas a tristeza há de ir, de nós, embora.
Então o tempo zumbi resiste
Somos loucos girando sem hora
Somos os sons do relógio que ouviste
A curva que engana por hora
A anacronia do tempo em riste
Seduzidos por teus segundos, senhora
Porque cada instante é um chiste
E já não somos o que fomos outrora.

3 comentários:

  1. Joao que lindo, esse negocio de tempo vem a tona na vida ultimamente... me remeteu uma futura realidade que possa passar. adoreei o texto , muito bom, brilhante , tu nao perdi a mão com as palavras mesmo :* Thalita Lobato

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  2. =OOOOO como assim tu é um genio da poesia aos 17 anos? nem sei o porquê de eu ainda ficar de queixo caído com o teu talentó, já te conheço a quase 10 anos. ainda assim, MUITO obrigado por ter a oportunidade de ter lido essa poesia *_* (:

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  3. peguo um livro de poesia,procuro entre mil poemas,um que chame atenção,um que encaixado no meu viver,me traga alegria ao ler,mas quanto a joao,entre mil poemas teus,procuro um que não me faça falar no final:seu monstro.

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